Sinopse
'Ética e mídia' sugere um encontro, um andar junto. É o convite a um vaivém amigo. A ética emerge de um olhar atento sobre a experiência humana da mídia. Não joga com imperativos vindos de fora ou caindo do alto. Aborda a função social da comunicação à luz dos valores da verdade, da autonomia e da solidariedade. Liberdade, responsabilidade e sistema - aí está o itinerário insinuado pelo subtítulo. A liberdade foi a primeira (e continua sendo sempre) e necessária conquista da mídia. Sem dúvida, é indispensável, mas não basta. Nessa marcha e luta da mídia, a liberdade é convidada a não resvalar no individualismo, nas falsas evidências caprichosamente tecidas com miúdos retalhos de meias verdades, mas a ter o sentido do dever e do direito, a afirmar-se como responsabilidade, pela qual o ser humano, a sociedade e a mídia desabrocham no jardim bem cuidado da ética e da felicidade. O desafio cresce quando se menciona o sistema. A responsabilidade diante e dentro do sistema sugere um paradigma, original e um tanto difícil, de análise social e elaboração ética. Para tornar viável esse projeto, não se pode ficar em generalidades, exortações nem denúncias. O livro aponta para uma estratégia ética de compromisso e ação. A estratégia, conjunto racional e operacional de valores, normas e modelos éticos, é a proposta completa que convém e responde à complexidade do conteúdo e do dinamismo do sistema. Aí está o caminho ou o ideal que ilumina a caminhada; da liberdade à responsabilidade, com o público e os profissionais da mídia buscando uma responsabilidade partilhada, juntos em um empenho redobrado, inventando uma estratégia ética, sistêmica, bem fundada e eficaz.