O HOMEM NA ERA DA TELEVISÃO

A televisão progressivamente invadiu nossa vida. Em todo o planeta, transformou o homem em espectador em espectador acorrentado à sua tela. Recebeu inúmeras críticas, algumas consideradas extremamente frias, outras inutilmente angustiadas. Enfim, os riscos de lavagem cerebral dessa profusão de imagens e de sons que entrelaçam até a confusão verdade e mentira, realidade e simulação, vida e morte, tragédia e ritos já foram avaliados em termos globais? A televisão não poderia ser acusada, apesar de suas promessas, de lançar o homem numa espécie de hipnose que ameaça o sentido, a verdade, a liberdade dos corpos e dos espíritos, embaralhando os critérios da cultura verdadeira e solapando os fundamentos de uma sociedade realmente democrática?