Sinopse
Entre as doutrinas socialistas e igualitárias, o anarquismo é o movimento mais radicalmente libertário, sem concessões para com as instituições autoritárias de qualquer natureza, seja o Estado, a Igreja ou a família convencional. Nessa obra são relatados os antecedentes do ideal anarquista, desfazendo-se mal-entendidos decorrentes de conotações pejorativas que visam desqualificá-lo. Após discorrer sobre os principais teóricos do século XIX e a primeira experiência de autogestão, a Comuna de Paris, os autores analisam o anarquismo no Brasil. Discutem como para os militantes o estímulo ao desenvolvimento da cultura operária adquire um sentido de resistência ou oposição à cultura burguesa e de criação de identidade social. Além da atuação nas fábricas e do confronto explícito nas greves, os anarquistas difundem os novos valores por meio de jornais, poesias, formação de bibliotecas, festas, teatro, além de montar escolas voltadas para a crítica da ideologia burguesa e para a conscientização de classe.