Sinopse
Na América Latina, o positivismo de Augusto Comte desenvolveu-se intensamente durante a segunda metade do século XIX e no Brasil influenciou os teóricos da República. Ainda hoje sentimos as ressonâncias da sociologia comtiana que, embora concebida como uma "física social", não se constituiu como um saber neutro; ao contrário, em diversos contextos teóricos e políticos tem sido redescoberta e instrumentalizada pelo pensamento conservador. Neste livro, a professora Lelita Oliveira Benoit analisa como, sob o princípio do "progresso dentro da ordem", Comte procurou demonstrar a existência de leis sociais fundadas em insuperáveis desigualdades biológicas às quais a classe operária deveria submeter-se.