Sinopse
Os nômades insurgem, mesmo dentro dos pequenos jardins. O sonho do jardim regional e dilacerado a hibridações, tal qual o foi o sonho do jardim nacional. Aquilo que lhe possibilita a existência lhe torna imediatamente impossível. Sob a pós-modernidade os sedentários sonham com outros pequenos jardins. Outros que não deixam de ser os mesmo de antes. Mas o sonho se arruina, ao primeiro contato com a atmosfera que lhe permite ser sonhado. Não há como vingar: o sonho é natimorto. O intuito do texto que segue é tensionar o discurso sobre o desenvolvimento regional. Lapidar contradições. Atritar palavras, fazer com que deixem a mostra seus dois gumes: um discurso que sonha melhores dias, flertando com segregações geográficas. Segregações que dão vazão a demarcações de lugares, entre um dentro e um fora, a violências cognitivas a macerações da diferença. O intuito é desmaquiar o discurso sobre o desenvolvimento regional até que ele se demonstre como apenas uma forma nova de perpetuar aquilo o que já esta posto: um projeto redundante que condena a si mesmo a clausura da lógica que lhe gesta. A lógica sedentária de cultuar o suave tédio da: ordem de seus canteiros.