Sinopse
No diálogo com Eutidemo, Platão, pela boca de Sócrates, define a filosofia como o uso do saber em proveito do homem. E no primeiro livro de sua 'Metafísica', Aristóteles reconhece que todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer. Prova-o o amor que nos despertam as sensações, independentemente da utilidade que possam ter. O leitor é atraído para um percurso textual sobre as mais variadas questões que fazem da filosofia, de seu nascimento aos dias de hoje, um universo sempre aberto e instigante, a repropor-se incessantemente ao espírito humano. Ressalta, pois, que, para além de uma preocupação temática, o pensador que a investiga e a sintetiza nestes ensaios vê na filosofia uma senda inabitual, porém das mais fecundas, do comportamento do espírito e da consciência. Senda, porque amar o saber é investigar as causas dos fenômenos e o sentido das relações humanas. Inabitual, porque, embora devotada a explicar o mundo, a filosofia sempre projetou o mistério fascinante do dúbio sorriso do áugure.