NAS PEGADAS DO POVO DA TERRA

Os verdadeiros pais e mães da CPT são os peões, os posseiros, os índios, os migrantes, as mulheres e os homens que lutam por liberdade e dignidade numa terra livre da dominação. A CPT só tem sentido evangélico se continuar a ser evangelizada, transformada, recriada para realizar sua missão em cada tempo e em cada lugar por meio de serviços concretos diferentes, a depender das situações e necessidades percebidas nos clamores do povo. O sentido germinal da CPT é ter sido fonte de novas formas de ser Igreja e de novas práticas de cidadania. Reconhecer isso não deve ser motivo de orgulho ou vaidade. Trata-se, pelo contrário, de perceber as contribuições que se tornaram possíveis por meio de sua criação e de sua atuação, e isso suscita novas e maiores responsabilidades. Afinal, se naquele tempo, naquela conjuntura, a CPT foi reforço de um tempo germinal, é preciso que se veja em que e como a CPT pode e deve ser, hoje, fonte de novas formas de ser Igreja e de novas práticas de cidadania. A CPT tem vocação germinal; se ela a perder, deixará de ser sal da terra e luz do mundo.