HISTÓRIA ECONÔMICA DA CIDADE DE SÃO PAULO

Falar de negócios no Brasil é falar de São Paulo. Entender a economia da maior cidade do país requer uma reflexão sobre como se constituiu o mais dinâmico centro de serviços da América Latina. A avaliação das perspectivas desta metrópole passa pela forma como foi estruturada uma complexa rede de agentes econômicos.A evolução urbana e os negócios da maior metrópole do país são analisados em detalhe no livro História econômica da cidade de São Paulo, lançado em parceria pela Editora Globo e pelo jornal Valor Econômico. Coordenada pelo nprofessor Tamás Szmrecsányi, da Unicamp, um dos grandes nomes na área de historiografia econômica do país, a edição reúne estudos que ajudam a entender o desenvolvimento econômico da capital paulista e os desafios que ela enfrenta hoje. Um texto até agora inédito em português de Pierre Monbeig, um dos professores que vieram da França para ajudar a implantação da Universidade de São Paulo, abre o livro, apresentando um relato saboroso do impressionante crescimento da cidade cuja população aumentou quase dez vezes entre 1872 e 1946 (de 26 mil para 1,3 milhão de habitantes). O olhar que o geógrafo francês lança à cidade é complementado pela análise de Maria Irene Q. F. Szmrecsányi, professora do Departamento de História da Arquitetura da FAU-USP, que como a cidade , a partir de 1940, chega ao estágio atual, com o cenário econômico dominado pelo setor terciário. A estes textos, que constituem a primeira parte do livro, segue-se a reprodução, com uma atualização, do capítulo paulistano de Desenvolvimento Econômico e Evolução Urbana, trabalho de Paul Singer, um dos mais respeitados economistas do país, publicado originalmente em 1968. Esta parte da edição, intitulada "Desenvolvimento", mostra como São Paulo se transformou em um dos maiores centros urbanos do mundo. As perspectivas de desenvolvimento da capital paulista na visão de especialistas em seis diferentes áreas estão reunidas na terceira parte do livro. As condições de vida da população paulistana são analisadas sob a ótica do trabalho por Cláudio Deddeca ( do Instituto de Economia da Unicamp), da habitação por Nabil Bonduki (da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP) e da saúde por Ruy Laurenti (da Faculdade de Saúde Pública da USP).