DAS PRÁTICAS ANTI-SINDICAIS ÀS PRÁTICAS ANTI-REPRESENTATIVAS

Este é um precioso e oportuno livro, que surge em grave momento histórico, em que todos se inflamam ao discutir a reforma sindical brasileira. A representação dos trabalhadores no local de trabalho é um dos traços mais importantes da liberdade sindical, propiciando, ademais, inserção do trabalhador na empresa e instauração da cidadania corporativa. Didático, objetivo e apoiado em excelente biblio-grafia, o Autor traz propostas arrojadas, em sintonia com o claro declínio e perda da auréola mágica dos sindicatos. Suas idéias convergem para um sistema que permite estabelecer verdadeira sinergia entre a atividade sindical e as representações de trabalhadores no local de trabalho. Essas representações internas podem estabelecer processos de parceria empresa/trabalhador, com mais possibilidades de êxito do que com a participação clássica dos sindicatos. Pode-se dizer que são verdadeiros meca-nismos participativos de gestão empresarial. Como diz o Autor, com rara felicidade, a negociação coletiva local , dentro da empresa e sem a intervenção do sindicato, é um "standard" mínimo de democracia. Com sua inteligência e cultura, o Autor contribui enormemente para a compreensão dos novos rumos do sindicalismo e da modernização das relações de trabalho.