Sinopse
«Este livro é a fotografia de uma conversa. Entre dois professores e economistas brasileiros que foram além da profissão: homens de ação, pensadores sobre problemas do Brasil e do mundo, executores de projetos nascidos de suas idéias. «Como primeiro ministro do Planejamento do Brasil, Furtado elaborou e executou um plano de desenvolvimento para o país, com o objetivo de quebrar o círculo vicioso da pobreza e do atraso em relação ao resto do mundo; criou e dirigiu a Sudene, dando início à luta pela superação das desigualdades regionais. «Cristovam, como reitor da Universidade de Brasília, governador do Distrito Federal e ministro da Educação, defendeu que o caminho é uma revolução educacional e executou diversas de suas idéias, das quais a mais conhecida é a Bolsa Escola, ampliada para a Bolsa Família. «Ambos tinham a preocupação ética de superar as injustiças e as desigualdades; centraram suas atividades políticas na necessidade de reformas democráticas; os dois encaram os problemas sociais com uma visão econômica heterodoxa, sem descuidar do humanismo. «A fotografia foi feita em 1991, em Paris, onde Celso Furtado passava longas temporadas, quando não estava no Rio de Janeiro. A fotografia só foi revelada agora. Celso Furtado não teve tempo de vê-la, mas Cristovam contou com a colaboração de Rosa Freire d?Aguiar Furtado, testemunha do momento, e da Editora da Paz e Terra. «A foto feita por Cristovam mostra a coerência, a profundidade e a permanência do pensamento de Celso Furtado. Quinze anos depois, esse pensamento continua atual. Discorrendo sobre temas locais, internacionais, do passado e do presente, ele transcende e se mantém atualizado. Â«É uma fotografia que todo aluno de economia deveria ter na parede de sua sala de estudos. Que deveria ser admirada por secundaristas que sonham em estudar economia, e por doutorandos que se preparam para ensinar ciências sociais. «Que deve ser vista pelo público em geral que deseja saber como Celso Furtado, o nordestino que ganhou o mundo, pracinha, professor, ministro, pensador, candidato ao Nobel de Economia, via os problemas brasileiros e mundiais, sonhava com os pés no chão, lutava por justiça social, mas temia a engenharia social que queria impor utopias desenhadas no papel. «Como um fotógrafo que mostra nuances de seu modelo, Cristovam Buarque tece comentários nas margens do livro, não escondendo a admiração pelo modelo que fotografa.»