Sinopse
Considerando o uso do território um aspecto integrador da reorganização da economia, da sociedade e da política, María Laura oferece, em sua obra, um retrato da Argentina na globalização. Não se trata de um inventário exaustivo de toda a geografia do país, mas de uma síntese teórica de situações empíricas. Fatos e relações relevantes, nacionais e internacionais, ao longo da formação da nação e do seu território compõem um texto cuja ambição é, por meio de linguagem acessível, alcançar público mais amplo, sem, no entanto, deixar de utilizar uma teoria geográfica da sociedade. A base material e a vida da sociedade, a cada momento da história, revelam a busca da modernidade no país e participam da remodelação desigual das regiões. Normas e objetos técnicos públicos e privados, globais e locais, formais e informais, participam da construção de mosaicos representativos do passado, de onde vemos emergir, de maneira dinâmica, as situações atuais. A divisão social e territorial do trabalho, ao sabor das necessidades externas e internas, produz constantemente novos usos do espaço e novas hierarquias regionais na Argentina. No limiar do século XXI, a difusão de conteúdos técnicos, científicos e informacionais na produção e circulação, a urbanização, as novas formas de regulação e a força das finanças tornam o uso do território mais seletivo, beneficiando as grandes empresas e excluindo a maior parte da população. É a semente de uma verdadeira ingovernabilidade do território.