HISTÓRIAS DO CENTRO VELHO

Nos saudosos tempos de minha mocidade, quando o objetivo maior era vencer na vida e vivê-la, o centro da Capital Paulista, ainda não decantado como Centro Velho, exerceu um fascínio muito grande sobre os de minha geração. A cidade gravitava em torno da região central que ia dos arredores da Praça da Sé ao fim da Avenida São João. Lá estavam os cinemas, os grandes restaurantes e casas de lanches rápidos, a música ao vivo, as casas de encontros de casais que a noite juntava, os dancing e as gafieiras, o comércio, as livrarias, os cafés, os salões de sinuca, os bares e cabarés. O pisca-pisca dos luminosos, o chiado dos carros no asfalto molhado, o sino dos bondes, os ritmos todos da noite criança e envolvendo praças, avenidas e gente num ambiente de mistério e sedução, a garoa, os nossos sonhos e a Paulicéia, desvairando...