Sinopse
O mundo das embarcações tradicionais, cenário da pequena navegação, em algumas regiões do Brasil, se apresenta como vestígio de um modo de vida em vias de desaparecimento, vítima da mecanização, do crescimento econômico e da destruição do meio ambiente. Por outro lado, desafiando o peso e a sedução da vida moderna, imperativos sociais e históricos, há regiões em que esse mundo não floresce em ritmo acelerado.Em muitos lugares, as embarcações tradicionais sobrevivem pela dura imposição de um determinismo geográfico. Nascer e morrer num barco, destino de muitas populações, modo de vida estranho e inimaginável para quem se encontra em terra firme. Montarias, igarités, vigilengas, cúteres, bianas - palavras exóticas para os ouvidos de quem gosta dos aglomerados urbanos do Sudeste, mas que, no aguaceiro amazônico, na costa do Para, no Maranhão, no Pantanal e em diversas vilas do litoral nordestino, se revelam como termos inconfundíveis do universo cultural de certas regiões.