Sinopse
Em 338 Romances Mínimos, uma história intuída do Universo "Como posso sofrer porque as coisas pararam? Elas andavam tão estouvadas! Por que não deixá-las dormir agora um pouco? Tudo se aquietou, é noite, o mundo vive pra dentro, cegando-se ao sol do sonho. Preciso um pouco desse conteúdo inóspito, ermo como um quase-nada. Não, não é morte, é uma espécie de lacuna essencial, sem a aparência eterna do mármore ou, por outro lado, sem as inscrições carcomidas. Pode-se respirar também na contravida [...]". Assim, como o sentido, o ritmo e a ambiência incrivelmente inadvertidos da abertura dântica - - se inicia esta formidável odisséia literária de João Gilberto rumo à origem das coisas e ao deciframento da arquitetura da Criação. "Não há brechas, não há mundo paralelo, não há ponto de fuga na ficção de João Gilberto Noll: a escrita é a própria mecânica do destino"