O LADO DOUTOR E O GAVIÃO DE PENACHO
Tarcila Guedes
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Sinopse
O projeto de criação do SPHAN por Mário de Andrade, em 1936, demonstra a preocupação dos modernistas com a cultura nacional. Instituições com este caráter seriam uma forma de atuação para modificar o quadro caduco da "ordem" cultural brasileira. Já na sua implantação, entretanto, o SPHAN começa a se afastar de seu inspirador. Por exemplo, enquanto Mário previa uma minimização das diferenças entre as culturas erudita e popular, tomando amplo o campo de atuação preservacionista do serviço, o decreto-lei n.º 25, que o cria oficialmente, dá importância ao grau de excepcionalidade do bem para outorgar-lhe uma relevância na memória nacional - um parâmetro bem mais rígido e excludente. O lado doutor e o gavião de penacho, de Tarcila Guedes, analisa o que ficou da inspiração modernista na história do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Recupera toda a trajetória do SPHAN desde sua criação e, estudando detidamente as discussões em torno da construção do grande Hotel de Ouro Preto, nos anos 30 e 40, apresenta os critérios que nortearam a ação do órgão estatal.