Sinopse
?Uma carta não respondida me queima, me deixa impossível de viver, me persegue. Algumas não respondo, me exercito, ou condeno por inúteis.? Assim Mário de Andrade escreve à amiga Henriqueta Lisboa em 1944 referindo-se a sua conhecida faceta de carteador. E sobre esse quase mito criado em torno do escritor que Marcos Antonio de Moraes se debruça neste livro, em que analisa a epistolografia de Mário de Andrade. Antonio Candido afirma que para o escritor escrever cartas era ?tarefa de tanta responsabilidade moral e literária quanto escrever poemas ou estudos?, atividade que ele cumpria com dedicação e regularidade sui generis, como quem professa a ?religião da correspondência?. Analisando correspondência de Mário com jovens escritores, com escritores consagrados, com amigos de longa data, Marcos Antonio de Moraes procura recompor o papel que essa atividade desempenhou na poética de Mário.