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A ESTRUTURA DA HISTERIA EM MADAME BOVARY

Sergio Scotti
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Sinopse
O presente trabalho tem por objetivo revelar a estrutura da histeria subjacente à obra de Gustave Flaubert, Madame Bovary. A partir da concepção de estrutura como um conjunto de elementos numa relação de interdependência mais ou menos estável, utilizamo-nos da metodologia descritivo-analítica, na qual, através dos princípios da coerência interna e da recorrência, buscamos identificar, analisar e articular entre si os elementos da estrutura histérica encontrados em Madame Bovary, especialmente em sua personagem central, Emma Bovary. Sempre tendo o texto do romance como referência e a metodologia citada como orientação, realizou-se o que poderia se chamar de ?estudo de caso?, no qual, nos valemos dos conceitos psicanalíticos inaugurados por Freud e desenvolvidos por Lacan. Foram identificados traços estruturais da histeria enquanto categoria clínica, tais como: a insatisfação enquanto sintoma e, ao mesmo tempo, enquanto forma de gozo relacionado ao desejo característico da histeria, que é o desejo mesmo de um desejo insatisfeito na forma de um mestre (pai-ideal) que se busca encontrar, mas que nunca satisfaz à exigência histérica, que, na verdade, se remete à Coisa (materna), da qual o pai é mais uma substituição metonímica do que uma metáfora bem sucedida. Noutras palavras, o que se viu em Madame Bovary foi o drama de uma mulher histérica que nunca conseguia satisfazer-se com o que era e com o que possuía, buscando, no casamento e em relacionamentos extra-conjugais, através do amor, a realização egoísta de seus desejos, que, com a desconsideração de sua condição material, levou a ela e a sua família à ruína financeira e ao suicídio. Ou seja, o que assim se revelou, foi outro traço característico da estrutura histérica, que é a não aceitação inconsciente da castração simbólica e, conseqüentemente, da diferença entre os sexos, o que nos leva a outro traço estrutural da histeria, que é o do ?fazer o homem?, que marca, especialmente, a patologia histérica. Como conclusão podemos citar o fato de que, tanto ao nível teórico, quanto ao nível clínico, Madame Bovary se mostrou como útil e bela ilustração da estrutura histérica, o que se espera, sirva de auxílio na compreensão de casos reais, o que viria a confirmar o adágio de que o artista nos precede ou de que é a arte que se aplica à psicanálise e não o contrário.

Categoria
Editora Casa do psicólogo
ISBN-13 9788573962376
ISBN 8573962372
Edição 1 / 2003
Idioma Português
Páginas 241
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