Sinopse
No Brasil colonial, o concubinato era tolerado e conhecido por boa parte da população. Era tido como fruto das particularidades da colonização, numa sociedade fundamentada na escravidão de índios, negros e na desclassificação das mulheres indígenas e africanas. Contudo, a igreja no Brasil no período colonial identificou no concubinato um dos pecados a eliminar. O concubinato proporcionava ocasião para que a Igreja evidenciasse sua condição de instituição normatizadora. Ao pretender reformar-se internamente e se tornar mais eficiente em suas funções de controle, a Igreja investia contra os desvios mais visíveis, produzindo a exclusão dos pecadores públicos, atuando na consciência das pessoas, distinguindo entre comportamentos condizentes com as normas da Igreja e práticas decorrentes de pecado grave.