Sinopse
"São várias as pistas falsas no caminho do entendimento das relações entre as burocracias e seus públicos: o cidadão comum, o político e a grande corporação. (...) A burocracia é a face cotidiana do Leviatã, uma vez crescido, não desaparece, apenas muda de idumentária. Isso vem a propósito da mensagem de que o Brasil se poria às portas do futuro assim que se desfizesse da herança institucional deixada por Getúlio Vargas. Nem o legado varguista era tão condenável, nem a proposta de apagá-lo tão inocente. A história não é muito longa, mas é rica em facetas. Da construção do Estado nacional brasileiro, de estacas e andaimes arquitetados por Vargas, à coalizão entre um empresariado já maduro, ao contrário dos iniciantes da década de 1930, e uma burocracia racional-ilegal, passaram-se cinco décadas, nossas e do resto do mundo. É de toda conveniência que essa historia seja reescrita quando a empreitada é possível e frutífera. Relançar a crônica dos modos de interpenetração entre serviço público e interesses privados é viável e altamente compensador".