Sinopse
Na última volta do corredor parou; então, muito lentamente, deu o último passo, olhou e viu. Viu o que jamais vira, mesmo tendo vivido mil vidas: a grande caverna abobada sob as pedras das Tumbas, escavadas não pela mão do homem, mas pelos poderes da Terra. Era cravejada de cristais e ornamentada com pináculos e filigramas de branca pedra calcária, na qual as águas subterrâneas haviam trabalhado durante eras. Imensa, as paredes e o teto faiscantes, brilhava suave e intricada; um palácio de diamantes, uma casa de cristal e ametista onde a escuridão ancestral fora expulsa pela glória. Não brilhante, mas ofuscante, para os olhos habituados às trevas, era a luz que operava aquela maravilha. E no entanto, o brilho era suave, um fogo-fátuo a se mover devagar através da caverna, provocando mil cintilações no teto ornamentado e lançando mil sombras fantásticas nas paredes esculpidas, A luz brilhava na ponta de um cajado de madeira que não soltava fumaça nem se consumia. O cajado era empunhado por mão humana. Arha viu o rosto junto a luz: um rosto escuro, o rosto de um homem.