DIA DE CONFISSÃO

Harry Addison, um bem-sucedido advogado da indústria cinematográfica que vive em Los Angeles, se vê envolvido numa conspiração ao saber que o irmão Daniel, padre em Roma, morrera num atentado a um ônibus logo após uma breve conversa com um simpático passageiro. Ao desembarcar na Itália para investigar a morte do irmão, Harry descobre que Daniel pode estar vivo e ter participado do assassinato de um cardeal durante a celebração do aniversário do papa. A morte de seu irmão seria, então, uma farsa. E o pior é que a polícia desconfia de que Harry está a par de toda a trama. À medida que o cerco se fecha em torno de Harry, sua aparência se transforma. Apavorado com a confusão em que se vê envolvido, o advogado perde peso, fica pálido e abatido. A perseguição ao advogado, cheia de reviravoltas, vai mantendo o ritmo frenético da narrativa, enquanto o autor deixa para as últimas páginas as principais perguntas da trama. Daniel estaria vivo? Quem matou o cardeal? E quais os objetivos de Thomas Kind, o principal perseguidor de Harry, que mantém contatos estranhos com sabotadores chineses? Enquanto essas perguntas ficam no ar, o leitor também passeia por algumas das principais vias e fontes de Roma e seus arredores, mesmo que seja por dentro da tubulação de esgoto, caminho escolhido por Harry para tentar escapar de seus perseguidores. Allan Folsom escreve de maneira cinematográfica. Em , tudo é devidamente detalhado, inclusive dias e horários, e o texto privilegia a ação e a descrição dos personagens. No livro, o autor mantém o suspense até o último instante e consegue prender o leitor num intrigante quebra-cabeça em que todos são suspeitos, até mesmo os homens considerados santos.