Sinopse
Anunciou-se a morte da religião, mas ela teima em renascer das cinzas, já não sob a forma institucional, mas na pluralidade de expressões religiosas avulsas. Em meio à variedade de análises, destaca-se o livro de João Batista Libanio sobre a persistência do religioso em tempos que pareciam tê-lo dispensado. Em busca de uma aproximação mais didática da questão, Libanio delimita três campos semânticos: religião, religiosidade e fé, movido por três propósitos: ver, explicar e evangelizar. Seguindo sua tríplice abordagem e para dar conta de seu propósito, ele descreve no capítulo 1 o fenômeno religioso, depois de verificar que, de dentro do anúncio da morte da religião e da secularização em avanço, brota o rebento robusto das mais diversas expressões religiosas. No capítulo 2, as aproximações explicativas encontram luzes no contexto sociopolítico, econômico, cultural e religioso, onde tudo converge para propiciar a eclosão religiosa. No capítulo 3, o Autor analisa os universos da religião, da religiosidade e da fé em busca da necessária clareza conceitual. O capítulo 4 dedica-se à religião institucional. Além de breves considerações sobre a relação religião/sociedade, o Autor concentra a atenção sobre o percurso da religião na realidade brasileira, para ver se, de fato, houve ou não um retorno da religião e como ela se situa diante da cultura pós-moderna e do sistema neoliberal. Fechando o ciclo, o capítulo 5 submete o fenômeno religioso, sob a forma de religiosidade, à crítica da fé cristã, à qual toca a tarefa da verdadeira evangelização. Em que essa situação aponta para uma presença questionadora do Espírito e leva a rever a forma como vivemos o Evangelho? Em que elementos a situação religiosa necessita ser questionada e transformada pela força da fé? Que novidade o Evangelho ainda possui para dizer uma palavra criativa ao mundo atual?