SANTOS NOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO POPULAR

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) lançou em 1984 a Memória da História da Educação Brasileira o que proporcionou a realização da presente obra "Mentalidade liberal da elite paulista e instituições de ensino em Santos - levantamento e análise (1870-1920)". Publicada agora sob o título. O pensamento da elite paulista, nesse período apontado, - permeado da ideologia do progresso - tem suas raízes no liberalismo que acreditava que o Brasil estaria no rol das nações civilizadas, através da disseminação da educação. Esse pensamento liberal, no Brasil, aparece mesclado com o positivismo evolucionista, marcado pela fé na ciência na resolução dos problemas que afligiam o país. Em São Paulo, essas idéias foram difundidas pelo republicanos que as divulgaram - dentro também da perspectiva da formação da consciência cívica - através de livros, jornais e conferências, e consubstanciadas na proposta de uma educação popular, isto é, educação primária estendida a todos os estratos da população. Notamos ao final do século XIX e início do XX, uma série de realizações em prol de escolas para o povo - de fazendeiros e comissários de café, grandes negociantes de Santos, particularmente ou por meio de instituições, quer deixando legados quer fazendo doações, quer atuando no Legislativo ou no Executivo, principalmente a partir da primeira Constituição republicana paulista de 1892.