BUBOS NO PARAÍSO: BURGUESES BOÊMIOS

Era bem fácil distinguir entre a burguesia do capitalismo e a contracultura boêmia. Enquanto o burguês trabalhava nas grandes empresas, vestia ternos sóbrios e freqüentava a igreja, os boêmios eram os artistas e os intelectuais. Os burgueses eram os yuppies empresários dos anos 80 e os boêmios defendiam os valores da década de 1960. O burguês fazia parte da classe dominante rica, poderosa mas superficialmente culta e regrada. O boêmio, dos desregrados grupos de alegres ou irados contestadores. Em apenas algumas décadas, isso perdeu o significado. David Brooks descreve em a nova classe dominante da era da informação, suas atitudes em relação à moral, ao sexo, ao trabalho e ao estilo de vida. Expõe como a nova elite combina os valores dos antigos grupos de burgueses e boêmios. Essas pessoas, de ambos os grupos, estabelecem a tônica para a sociedade de hoje. São os burgueses boêmios - os Bubos. David Brooks acredita ser esse um segmento social bastante específico, capaz de fazer dinheiro, interessar-se por arte e cultura elevadas e ter o espírito livre. Para elaborar a sua análise, o autor se valeu do que considera 'uma sociologia humorística'.