25 MULHERES QUE ESTÃO FAZENDO A NOVA LITERATURA BRASILEIRA
Luiz Ruffato
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Sinopse
"Apesar de todas as transformações na condição feminina no último século, no Brasil e no mundo, a voz da mulher da mulher ainda é pouco ouvida em nossa sociedade. Afinal, a competência para falar não implica necessariamente a competência para ser estudado. Isso acontece na mídia, na política ou no mundo acadêmico, é não é diferente na literatura. Enquanto os homens escrevem simplesmente "literatura", em geral se considera que as escritoras estão produzindo "literatura feminina" - e o adjetivo marca uma posição subalterna, menos legítima.Afora isso, as mulheres ainda tem de se debater com os problemas do escrever ficção no feminino: como atingir um público universal sem ignorar as diferenças nas experiências de gênero, como se relacionar com tradições literárias que foram, quase por inteiro, estabelecidas por autores do sexo masculino? O painel que o escritor Luiz Ruffato apresenta nos mostra algumas das mulheres que estão fazendo hoje a literatura brasileira. São estilo e temáticas variados, do despojamento pop de narrativas que parecem saídas de blogs da internet a uma dicção mais elaborada, metafórica ou poética. De autoras que já encontraram certo reconhecimento de público e crítica, como Heloisa Seixas, a outras que são praticamente inéditas, como Tatiana Salem Levy - aliás, uma das boas surpresas deste volume. A literatura que as mulheres produzem hoje no Brasil se mostra, aqui, na sua diversidade, na sua irregularidade, até mesmo nas suas deficiências - da mesma forma que aquela que os homens fazem. Talvez ainda se possa distinguir um tom mais confessional, que a convenção nos ensinou a considerar "feminino", e o predomínio de protagonistas mulheres, como se falar dos homens não lhes coubesse. Mas não são traços uniformes: há exceções, e elas são significativas. Ler a literatura que as brasileiras escrevem, com seus altos e baixos, potencialidades e limitações, significa abrir brechas para uma voz ainda abafada. E acolher algumas das múltiplas perspectivas presentes na sociedade- que a nossa literatura, marcadamente masculina, branca e de classe média espelha tão mal" Regina Dalcastagnè