Sinopse
"No início não era a idéia de um livro, ao escrever os primeiros parágrafos acreditei que estava escrevendo um conto. Ficou sendo um conto longo", define o autor Manoel Carlos Karam. Com uma narrativa instigante, o personagem de Sujeito Oculto conta o dia a dia de sua profissão. Nada demais se ele não fosse um matador de aluguel. Com a banalidade dos conformados com seu destino, o narrador enumera suas dificuldades, alegrias, agruras e manias. Para os leitores que já conhecem os livros deste catarinense de 57 anos, prêmio Cruz e Souza (governo de Santa Catarina), o autor adianta: "Este livro não tem parentesco com Cebola, possui amigos em Fontes murmurantes, é primo de Encrenca e nunca ouviu falar de Pescoço ladeado por parafusos. A opção de Karam foi, ao longo da narrativa, desenhar um ser humano, como nos habituamos a imaginar, capaz de se adaptar a qualquer situação. O tema central de Sujeito Oculto é a violência e como, paradoxalmente, quanto mais ela é sufocante torna-se cada vez mais banal; como ela pode transformar os seres humanos que a tem como meio de vida ou àqueles acostumados a viver com ela, como um imponderável. O desfecho de Sujeito Oculto, supreendente, leva o leitor a várias reflexões sobre essa convivência.