Sinopse
"Os interesses que aparecem neste livro são muitos, e as soluções encontradas para manifestá-los deixam claro o domínio que o autor possui sobre a palavra poeticamente manipulada. Ficando na chave das lembranças registradas no começo, lembro, por exemplo, como o veio justiceiro e a retidão espiritual de Almeida Prado aparecem disseminados em muitos poemas que não os versam especificamente, mas se infiltram neles como preocupação constante. Isso revela o humanista consciente da dimensão social, que não precisa recorrer a tonalidade panfletária, porque a revolta contra a iniqüidade parece estar sempre presente no seu modo de encarar a vida. A contida descrição que isso ocorre mostra que o autor não é um em verso, mas um cheio de sentimento de solidariedade em relação ao semelhante. O mocinho intemerato das lutas contra a truculência na sua cidade amadureceu como poeta empenhado." (Antonio Candido)