DESLOCAMENTOS DA TEOLOGIA, MUTAÇÕES DO CRISTIANISMO

Os últimos cinqüenta anos constituem um período único e excepcional na história da teologia. Período insignificante cronologicamente, mas no qual se operou uma reviravolta teológica que só encontra paralela no que representou na século XIII a gesto de Sto. Tomás ao suprassumir a filosofia de Aristóteles na elaboração da teologia. O esforço de interpretar o acontecido ao longo desses anos transformam o que poderia ser apenas um exercício de ficção num ato lúcido e responsável da razão teológica que se interroga sabre a significação desse período de sua história. As reflexões aqui apresentadas são uma meditação sobre esses cinqüenta anos de teologia. Trata-se de fazer, primeira, uma retrospectiva dos deslocamentos e das transformações da teologia ao longo de todos esses anos para tirar algumas lições dessa história. Então será possível perguntar-se, num segundo momento, se essas transformações representam apenas uma mudança de paradigma ou se nos encontramos diante do ocaso de uma era teológica. E neste contexto que, à luz da que significou a Concílio Vaticano II, se apresenta, num terceiro momento, a questão das relações entre magistério e teologia.