A ESTÂNCIA DO REGRESSO

Quando deixou a Estância do Regresso, o jovem Silidinei pensava que era por poucos dias. Nesse lugar campeiro foi onde nasceu e cresceu aprendendo a gostar das coisas boas da vida: das brincadeiras de piá; da charla em roda do fogo; do assado no braseiro do chão; do entrevero dos bailes de peões; da picardia poética dos ídios chucros nas rodas de mate; das ses-tas à sombra dos cinamomos; do correr solto pelos campos; do silênciar do mato; do frescor dos açudes; dos bichos; dos namoros às escondidas. Quarenta anos mais tarde, esse ?piá gaudério? realisou o sonho de voltar á sua querência. Entretanto, não gostou nada do que viu.