Sinopse
"A respeito de Quixote, Borges observou que, ao contrapor um mundo concreto e prosaico a um mundo imaginário, Cervantes afirmou sua crença de que o real e o poético são antinomias, mas também ´insinuou o sobrenatural de modo sutil´. Este livro começa justamente com um poema de uma autora em estado de emergência. Cássia Janeiro não pode excluir o cotidiano, mas pode escrever sobre Quixote na esperança de que essa história não seja corrompida pelo fim de um sonho. Evoca o cavaleiro para que as portas do real não se fechem definitivamente para uma manifestação de caráter teofânico. "Viver propõe um sacrifício ao leitor: concluir esse poema para que o pragmatismo não triunfe. (...) Como Drummond, já não quer ser moderna, mas eterna". - Antonio Gonçalves Filho - Escritor, jornalista, crítico de arte, um dos mais brilhantes pensadores culturais do Brasil.