Sinopse
O poeta traduz em poesia uma experiência de vida semelhante a de tantos brasileiros como ele. Vidas que, à margem das considerações sociológicas e históricas em geral, transitam de sua condição empírica desconsiderada para uma representação que a resgata da obscuridade. O locus experiencial do sujeito lírico é um país obscuro, ausente dos compêndios, mas de uma gritante realidade à flor da vida. Um país que grita no presente, com suas tensões sociais, e que não se pode calar. Por isso, o poeta diz: “O que fui em menino/ é hoje um baú lacrado / que, alheio à minha história, / tenho como inquilino.// Em vão tentam arrombá-lo / as raízes da memóriaâ€?. (Aleilton Fonseca. Salvador: A Tarde, 23 de setembro de 2000)