Sinopse
Sociólogo e filósofo, Maurizio Lazzarato mostra aqui que o capitalismo poderia se transformar em um ritmo mais veloz do que seus adversários, deixando-os em atraso de uma época. Como dar conta dos conceitos de trabalho, de produção, de consumo, de comunicação, de informação e de cooperação, assumindo que o capitalismo não é um "modo de produção" (Marx), mas uma produção de mundos? Como ultrapassar o duplo impasse do individual e do coletivo com o qual as teorias liberais e as teorias socialistas pensaram a "produção da subjetividade"? Como traduzir o conceito de multiplicidade em política? E como poderíamos pensar o conflito, não mais a partir da contradição dialética, de um dualismo de classes ou de uma divisão amigo/inimigo, mas da lógica do incompossível (Leibniz), que rege um mundo onde os possíveis bifurcam e coexistem ao mesmo tempo (Borges)? Utilizando a caixa de ferramentas da sociologia da "diferença e repetição" (Gabriel Tarde), da filosofia do acontecimento (Deleuze e Bakhtin) e uma teoria do poder como ação sobre outras ações possíveis (Foucault), as Revoluções do Capitalismo debate os novos conceitos de trabalho, produção, consumo e comunicação e sua relação com o capitalismo.