CONVERSANDO SOBRE BEBÊS: DO NASCIMENTO AOS 3 ANOS

O mercado editorial brasileiro assiste a um verdadeiro boom de títulos que procuram orientar e dar dicas sobre como criar e formar filhos para o mundo atual. Além de autores brasileiros, existem traduções de outros idiomas e, nos dois casos casos, a maioria das opções disponíveis parece ser uma vertente dos livros de auto-ajuda, com todas as limitações que tal formato editorial acarreta. Este livro, agora em lançamento pela EDUSC - Editora da Universidade do Sagrado Coração, procura oferecer uma opção diferenciada para os pais e educadores que se preocupam em manter-se atualizados com o conhecimento sobre as questões que envolvem o relacionamento com as crianças, do nascimento até a idade de três anos. Organizado a partir de pesquisas e entrevistas conduzidas por Brigitte Thévenot, jornalista e historiadora e Aldo Naouri, pediatra e psicólogo infantil, o livro está organizado em seis capítulos, que são ao mesmo tempo momentos-chave na vida de uma criança e de seus pais: nascer, ser alimentada, ser carregada, ser banhada, brincar e falar. Ainda que em muitas ocasiões sejam oferecidas sugestões e maneiras de como agir frente a situações específicas, os autores se preocupam prioritariamente em apresentar, de forma clara e objetiva, o estágio de conhecimento a que se chegou em cada um dos assuntos, de modo que pais e educadores possam tomar suas próprias decisões de maneira mais informada e fundamentada. Desse modo, pode-se transformar o fascínio inédito que a infância exerce sobre o mundo adulto contemporâneo em uma atuação esclarecida e apoiada no conhecimento, seja ele o bom senso tradicional, antes transmitido pelas gerações mais velhas e que em nossas sociedades muitas vezes se perdeu, seja aquele resultante do maciço investimento público e privado nas atividades de saúde, higiene, nutrição e psicologia. Oferecer aos pais o máximo possível de informações, além de provar a confiança dos autores naqueles que, em última análise, serão os responsáveis pela formação de seus filhos, também é uma forma de admitir que o conhecimento a que chegamos ainda não se esgotou e que nossa compreensão desses temas pode, e deve, ser melhorada.