Sinopse
Quem narra esta novela policial é, sim, um diplomata. Em quem morre é, sim, o agente funerário. Entre um pólo e outro, mais nenhuma obviedade nesta trama romanesca que se passa entre Lisboa e Brasília, São Paulo e a pequena Aldeia de João Pires. Quem seria o autor do crime? Ou autores - sabe-se lá? Teria Marcelino Madeira sido assassinado pelo próprio filho, com veneno de rato? Ou pelo manda-chuva Adelino Barreiros, que conseguiu tirar a face interiorana de João Pires para inseri-la na roda-viva do business do sexo e do crime organizado de mãos dadas com as "autoridades"? Com uma narrativa ágil e entusiasmante, que na verdade se assemelha a um caleidoscópio de histórias e suspenses, o escritor português Jacinto Rego de Almeida faz, com ironia e senso de humor, uma alegorização fantástica dos descaminhos da sociedade portuguesa dos últimos 30 anos, a partir da sua europeização e da sua adesão à voracidade do capitalismo globalizado.