Sinopse
Quem cometeu o crime mais esquisito da história da literatura detetivesca, presente logo às primeiras páginas de 'Cosmos,' o último romance de Witold Gombrowicz? Terá sido um dos membros daquela família extravagante que acolhe o narrador na pensão de província durante suas férias? O pater familias, com seus hilariantes acessos histéricos à mesa? A mãe gordinha e repressora? A bela e silente Lena, filha do casal, tresandando uma sufocada sensualidade? A empregada de lábios reptilianos? Fuks, o repelente escudeiro do narrador? As pistas para a resolução do enigma talvez estejam naquelas manchas e riscos no teto da sala de jantar e do quarto que parecem formar constelações de significados, do mesmo jeito que as estrelas no céu compõem as figuras clássicas da astronomia antiga. Pelo menos é isso que o narrador se esforça para ver ali, em sua ânsia por ordem e significado em meio a um mundo louco que lhe parece perigosamente à deriva.