UNIVERSIDADE E AVALIAÇÃO: ENTRE A ÉTICA E O MERCADO

A avaliação realmente educativa não pode se limitar a um papel controlador e de afirmação de heteronomia e da competitividade individual. Tem caráter político, ético e deve estar a serviço da construção da autonomia. Todo o esforço de compreensão do universo articulado de indivíduos, grupos, idéias ações, recursos de todo tipo, estruturas, relações, enfim da totalidade institucional deve ser empreendido com o propósito básico de melhora e superação dos problemas e carências, como é próprio de qualquer ação que tenha real intencionalidade educativa. Não é o mercado, com seus interesses de curto prazo e seletivo papel social, que deve prevalecer, e sim a ética e os valores sociais. O sentido ético da avaliação consiste em auxiliar a universidade a conferir um sentido profundamente humano, portanto social, ao desenvolvimento técnico e econômico. Isso significa, como o proposto neste livro, assegurar prioridade à ética e à política sobre a técnica e sobra a esfera econômica a que em grande parte a técnica visa servir.