O QUE O ESPÍRITO DIZ À IGREJA

Este momento da história, há dois campos nos quais a fidelidade ao Espírito é urgente, sob risco de não se poder manter a liberdade: o medo do novo e a covardia em assumir conflitos. Tanto na Igreja como na história humana, temos de contar sempre com determinada conflitividade, que deve ser encarada como indissociável do ser humano. A conflitividade no seio da Igreja tem muitas faces e origens. Há conflitos que refletem e introduzem na comunidade eclesial os conflitos existentes na sociedade. Há tensões que nascem no seio da Igreja... Há ainda conflitos, perseguições originados da fidelidade à missão evangelizadora em meio a um mundo cujo rei é o pecado. E há, por fim, conflitos e enfrentamentos provocados por nosso pecado e resistência ao Espírito. Provavelmente, o maior pecado que podemos cometer é ignorar a ação do Espírito na Igreja e na vida de todos quantos geramos e padecemos esses conflitos. Por isso Karl Rahner dizia: "A Igreja há de ser uma Igreja espiritual. Se quiser permanecer fiel à sua própria essência".