A FALHA HUMANA NOS ACIDENTES DE TRÂNSITO

A professora aposentada da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Alice Beatriz Bittencourt de Fernández, perdeu um filho de 20 anos num acidente de trânsito com ônibus, na via Dutra, onde morreram 18 jovens. Alice não aceitou a postura conformista "Deus sabe o que faz" nos abraços de pêsames. As avós bem diziam que "não é só Deus que mata". O que fez a brava Alice diante da tragédia? Naturalmente vivenciou o luto e ainda carrega o sofrimento indelével, mas sendo professora da pouco apreciada disciplina a tratar de legislação, estrutura e Funcionamento do Ensino, resolveu escrever um livro que tivesse justamente o Capítulo XV do Novo código Nacional do Trânsito, Das Infrações, com relatos ilustrativos de cada infração. Seu objetivo é conscientizar pais, filhos, alunos e professores, motoristas em geral, para o cumprimento da lei, dentro do espírito de cidadania que deve contagiar a todos. Em geral buscamos modificar a lei, quando ela se torna eficaz contra nosso hábito arraigado de cometer infrações descartando qualquer responsabilidade. A professora Alice nos convida à responsabilidade, num livro que incomoda mas ensina. Sobretudo que as falhas humanas no trânsito podem ser evitadas.