Sinopse
    
      As férias vão começar mas Lucie não quer saber de brincar; está decidida a fazer uma greve.  Não é isso que os adultos fazem quando não estão contentes? Greve é para reclamar, e Lucie  tem muitas reclamações a fazer: não gosta de viver na cidade, não quer ir para a colônia de férias,  não quer falar com o pai nem com Isabelle, a nova mulher dele, não quer saber de Lucas,  seu meio-irmãozinho. Lucie tem oito anos e está de mal com todo mundo. Não é para menos:  desde que a mãe morreu, em conseqüência do parto, ela morava no sítio com a avó, uma senhora  adorável que lhe preparava bolos gostosos e a levava para países exóticos em viagens de  mentirinha. Mas um dia vovó adoeceu, foi para o hospital e morreu.  Lucie não pôde ir ao enterro. Desde então, vive reclusa em seu quarto novo, na casa do pai,  chorando e relembrando os momentos felizes passados com a avó. Nem o Cereja, o passarinho  vermelho que veio do sítio, consegue atenuar a tristeza. Aos poucos, porém, a meiguice de Lucas,  as gentilezas da madrasta e a compreensão do pai vão convencê-la a sair do isolamento. E  vão ajudá-la a aprender que, quando as pessoas morrem, não podemos revê-las, mas as guardamos  em nosso coração.  A partir da sofrida experiência de uma criança confrontada com a morte, Greve de vida trata  de temas sutis como o luto e os conflitos entre pais e filhos em famílias recompostas. A linguagem  intimista de Amélie Couture e as delicadas ilustrações de Marc Boutavant traduzem  com sensibilidade momentos frágeis da infância. O romance recebeu o Prêmio Chronos de Literatura  Infantil em 2003, na França.