A GRANDE VIAGEM

A regra básica estabelecida na terapia: Marcelo teria que jogar limpo. Sem medo de represálias, por pior que fosse o tamanho do problema. Nara enfatiza: "não sou sua mãe, nem o pai que te incomoda, sou alguém isenta, em quem você pode confiar." Marcelo, a princípio, titubeia. Nem tem consciência do perigo de seus vôos desorientados que o conduziram ao mergulho das drogas. Incapaz de lidar com as frustrações, se refugia no tédio, na falta de perspectiva, na infrutífera busca de momentos felizes. Cabe a ambos encontrar saídas: à Nara, com tato e competência, apontar caminhos, colocar um fio-terra para amparar os vôos alucinados. A Marcelo, recuperar a auto-estima, reconstruir seu cotidiano e a própria identidade.