Sinopse
Em , Francesca Fremantle apresenta o livro tibetano dos mortos, clássico do budismo tibetano, como um guia para a vida, seja do leitor budista ou não. O livro, também conhecido como Liberação através da audição, era tradicionalmente lido nos momentos que antecediam a morte, para guiar aqueles que adentrariam este momento entre a morte e o renascimento, entre o fim e o começo da vida. O título do livro intriga a cultura ocidental, acostumada a associar o vazio à angústia e ao sofrimento. Porém, pensar o Vazio luminoso para o budismo é saber que a vida e a morte relacionam-se em ciclos, que do nada surge a luz, e que a morte pode ser o fim da vida, mas também o começo de outra etapa. Esse momento luminoso é descrito de uma forma extraordinária. Ao longo da transição, Francesca nos guia por ícones do simbolismo budista, personificados nas deidades que representam os cinco estilos de sabedoria e confusão, deidades pacíficas e coléricas, relacionadas às nossas experiências mentais. As representações dos estados de alma que permeiam a nossa vida encontram-se surpreendentemente no processo de morte. A morte nos questiona se não será ela mesma uma vida para a qual despertaremos, saídos disto que chamamos vida e que pode ser não mais que um sonho. Somos apresentados ao desenvolvimento inevitável de doze estágios que vão da ignorância à morte, passando por condicionamentos, consciências, sensações, apegos, decadência - elos que formam um círculo interminável, em que morte e vida se encontram, sempre em frente, girando, girando, sem início ou fim.