PAXÁ PRAJÁ

"Eu nasci em Niterói em 19... e lá vai fumaça e fui colocada em cima de uma almofada. Eu era um bebê-paxá. Mas quando berrava, virava Madame Brava. Até que eu crescie virei jornalista, escritora e compositora. Escrevi para rádio, revistas, jornais, cinema, TV, teatro, gravadoras, editoras, histórias em quadrinhos, livros e livrinhos. Sempre pra já, numa pressa danada. Pra lá e pra cá. Fiz música para um harém de artistas e um punhado de paxás musicais. E transformei a estorinha do Paxá Prajá numa chanchadinha (de teatro). Morei no Brooklyn, em Nova York, ao lado de uma moça oriental, que usava véu. Acho que foi daí que veio a idéia de escrever este conto das mil e uma noites em uma só trapalhada. E é só pedir pra já, que outra estória será contada.