A PERSISTÊNCIA DA RAÇA
Peter Fry
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Sinopse
Em A persistência da raça, além de interpretar os dois modelos de colonialismo adotados no Brasil - e suas seqüelas -, Peter Fry fala da dor e da delícia de ser brasileiro, focalizando um dos temas mais candentes do mundo moderno - o racismo persistente. No livro estão reunidos onze ensaios sobre o tema - alguns esgotados em suas versões originais -, questionando dogmas, ortodoxias e verdades estabelecidas. Polêmico, mas não menos verdadeiro, o antropólogo recusa a idéia da democracia racial e não aprova o sistema de cotas para negros nas universidades. Dividido em duas partes, uma se lê a partir da África - e reúne capítulos sobre as políticas coloniais portuguesa e britânica, o surgimento do segregacionismo inglês e a presença perturbadora do pensamento racializado autodepreciativo em uma pequena cidade de Moçambique. A outra parte se lê do Brasil, e focaliza as mudanças na política racial, as implicações da adoção de uma taxonomia bipolar pelo Estado, o caso da Cinderela Negra, a associação entre raça e programas de saúde, o debate sobre as cotas raciais e as implicações do critério de pobreza para a definição de quem pode pleiteá-las. O livro é uma contribuição fundamental para a antropologia contemporânea e para o debate sobre políticas de combate ao racismo hoje no Brasil. Leitura obrigatória, pelas certezas que questiona, as perplexidades que acende, os caminhos que mapeia.