Sinopse
"Minha vontade é de abraçá-lo bem apertado e não largá-lo mais. Todas as despedidas são difíceis. É terrível abandonar seus braços e deixá-lo partir. Não olhe para trás. Eu olho para trás. Quase sempre. E dói. É ruim viver tão longe e tão perto de quem amamos. Minha vontade é impregnar minha pele com seu cheiro e observá-lo por muito tempo. Guardar cada detalhe do seu rosto em minha mente. Para ter certeza de que você esteve aqui. E nunca duvidar de que você sente o mesmo, e que sangra quando vai embora. Tempo e distância não corroem. Impermanência corrói. E eu a odeio." É um livro que deve se ler despido de tudo que já foi escrito sobre o amor. Na literatura, o tema pode ser considerado batido, seja no enfoque, na construção dos personagens ou no modo de narrar. Os contos pedem licença poética à realidade, a personagens possíveis, que podem estar por perto, ao alcance do olhar. Tudo isso sem perder de vista a criatividade que a ficção permite. A autora mostra sensibilidade ao desnudar o universo do comportamento humano, tanto de forma incisiva, como em Palimpsestos, onde descreve o desejo incontrolável de um homem por uma prostituta, e delicada, como em Cambraia de linho, conto em que uma viúva confronta a perda do marido.