Sinopse
Narciso da Costa Araújo nasceu em Brejo dos Patos, no município de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, em 06/08/1877, filho de Manuel da Costa Pinto e de Estephânia Maria Rodrigues Lapa.Em 1881 foi enviado ao Rio de Janeiro para estudar no Colégio Pedro II. Nos anos de 1844 a 1845 escreveu nos jornais do Colégio Pedro II, Opala e Sírios. Em 1845 conclui o bacharelado em Ciências e Letras. Inicia o primeiro ano da faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Em 1846 ingressou na Faculdade de Ciências Jurídicas, posteriormente transferindo-se para a Faculdade Livre de Direito. Em 1849 colaborou nas revistas Vera Cruz, Semana e jornal O Paiz. Em 1900 concluiu o curso de Direito na Faculdade Livre de Direito, tendo recebido a medalha Portela, conferida ao aluno mais brilhante. Em 1901 fundou em Itapemirim o jornal O Caboclo, em parceria com Athayde Júnior, que foi fechado em 1902. Em 1908 foi eleito deputado estadual, no governo de Jerônimo Monteiro, mandato 1908-1912, tendo renunciado sem o terminar. De 1915 a 1916 atuou como professor da Vila de Itapemirim, tendo lecionado para Maria Magdalena Pisa, seu amor platônico. Em 1918 publicou um soneto dedicado ao seu sobrinho falecido, Manoelzinho. Em 1941 foi eleito "Príncipe dos poetas capixabas", em concurso organizado pelo jornal A Tribuna. Em 1942 publicou o livro Poesias - 1a. série, pela Editora José Olympio, 184p. patrocinado pelo Governo do Estado. Faleceu em 1944 faleceu aos 66 anos de idade, vítima de paludismo agudo, icterícia infecciosa. Em 1948 foi homenageado pelo Governo do Estado que lhe deu o Enquanto acadêmico, participou ativamente do movimento simbolista, sendo amigo pessoal, e, pelo resto da vida, fidelíssimo admirador de Cruz e Souza e Nestor Vitor. Tinha 17 anos de idade quando estudante no Rio de Janeiro saiu em defesa da Ilha da Trindade, invadida pela Inglaterra. Publicou, sob o pseudônimo de Sardanapalo na revista "Sinus", editada pelo internato do Ginásio Nacional, o soneto "Trindade": Pedaço sacrossanto do Brasil,/Que escutas o marulho do Oceano/A gemer a teu lado queixas mil,/Porção do peito deste povo ufano!/ A este povo europeu, ladrão, senil,/Leopardo verdugo, Álbion vil,/Opomos o direito soberano. conquistando o Prêmio Virgílio Vidigal . Por seu misoneísmo recebeu a alcunha de "O Solitário do Itapemirim". É patrono da cadeira n. 6 da Academia Capixaba de Letras e figura na Galeria dos Nomes Célebres do Espírito Santo. Deixou vasta obra esparsa. Faleceu em 16/04/1944.