Sinopse
Um trem atravessa uma floresta de sequóias em algum ponto das Montanhas Rochosas sob os olhares hostis de índios sioux e coiotes. Solta muita fumaça e leva em seus vagões víveres, ferramentas e um bando de homens rudes dispostos a matar e morrer por um quinhão desse vasto Eldorado imaginário que era o Oeste americano virgem, no século passado - dura quimera que quase eliminou por completo os povos autóctones do país e deixou muita cruz de madeira na margem dos caminhos. Essa é a história que Claude Fohlen conta em O Faroeste (1860-1890) , assentada em sólidas bases historiográficas. O estudo de Fohlen acompanha o movimento do dinheiro sendo sucessivamente gerado e exaurido nas atividades pioneiras do Oeste - a mineração, a criação de gado, a agricultura, o comércio, os transportes. A par disso, apresenta também um registro da saga humana que esse processo econômico exploratório e aventureiro suscitou, por meio da descrição de suas principais personagens - o cowboy, o colono, o índio, o soldado da cavalaria, o mineiro, a dançarina de saloon, o charlatão ambulante, os bandoleiros famosos e sua contrafação, os vigilantes implacáveis que lhes punham sem pestanejar laços de grossas cordas em torno dos pescoços, o novo rico que mandou arrancar da parede de um teatro um quadro desse tal de Shakespeare que nunca fez nada pelo Colorado, pondo um retrato seu no lugar...