Sinopse
Deve-se a Márcio de Lima Dantas a revelação da França da poeta Orides Fontela. Significa dizer que sua poesia se inscreve sob o ascendente deste ostinato rigore que é a melhor vertente da modernidade brasileira e que a distância do exílio francês transfigura em "olhar transformador de tudo em linguagem" - mas o projeto anto-reflexivo e metapoético de METÁFRASE é inseparável da procura, religiosa ou sagrada, "requinte de Deus", na linha de Murilo Mendes, "cadência da melancolia", sem phatos, nestes intermináveis momentos de silêncios onde o sagrado aflora entre o irremediável do efêmero e a precariedade dos liames mortais: "Retelhar a morada do Pai", como um eco, sempre repetido desde Friedrich Hölderlin.