O EVANGELHO DE TOME

Este livro foi escrito para quem tem a coragem de mudar. Para mudarmos, temos que ter a intenção de mudar, e isto é decisão do livre-arbítrio. Quem toma esta decisão, busca a verdade, mesmo diante de paradigmas cristalizados há tempo na mente da Humanidade. Jesus de Nazaré sob a ótica gnóstica do Evangelho de Tomé é o foco dos estudos do autor, em comparação com os textos canônicos. Certamente, ele transmitiu à humanidade ensinamentos de grande sabedoria. Mas o que realmente ele disse? O que não disse? O que colocaram como palavras suas para atender aos interesses de domínio do poder temporal? Sabe-se, hoje, pelas descobertas arqueológicas e pesquisas científicas de ponta, por eminentes estudiosos, que sua mensagem foi distorcida, modificada, ampliada para se adequar à ortodoxia cristã. Você sabia que a Bíblia cristã foi elaborada, por ordem do Imperador Constantino, que incumbiu, à sua custa, os bispos de igrejas de todo o império de se reunirem em Niceia, na Ásia Menor, em 325, DC? E, ainda, que o objetivo deste Concílio fosse elaborar uma fórmula-padrão da fé cristã? Antes, segundo os pesquisadores, os evangelhos, tanto os canônicos, como o de Tomé, considerado herege pela Igreja, divulgam apenas ditos, ou seja, dizeres, de Jesuss, e que cada um dava a cor da interpretação, como melhor entendia. Vale salientar que, na elaboração dos canônicos, foram acrescentados a estes dizeres, histórias, milagres, ressurreição do corpo, nascimento virginal, doutrina da Trindade e tantos outros dogmas. Surgiu, então, a doutrina do Cristo, não o ensinamento original de Jesus. assim, de pequenos logions ou anotações de breves pensamentos, transformam Jesus num fazedor de milagres que cura doente, ressuscita mortos, transforma água em vinho e anda sobre as águas.