Sinopse
Escritos por volta de 1525, estes Sonetos luxuriosos de Pietro Aretino nasceram sob a chancela da clandestinidade. Sem papas na língua, o poeta satirizou os poderosos e a nobreza com tal vigor que era chamado de o flagelo dos príncipes. Despudoradamente erótico, estes sonetos descrevem sem censura o universo labiríntico do desejo e são capazes de impressionar até os leitores mais desinibidos. Seu espírito livre e sua crítica desabusada valeram-lhe inimigos, e na ocasião do escândalo causado pela divulgação dos Sonetos luxuriosos o poeta teve de abandonar a corte papal e mudar-se de Roma para Veneza. Ali viveu como um potentado, honrado como o maior poeta italiano de seu tempo, num palácio à beira do Canal Grande, servido por uma corte de belas mulheres, as aretinas. Esse fausto era mantido pelos presentes e doações de reis, de príncipes e nobres de toda a Europa e mesmo do Oriente, atentos ao poder de seus escritos e, especialmente, à força destrutiva de suas sátiras.