Sinopse
Este livro é uma contribuição ao esforço de pensar os fenômenos organizacionais e administrativos, mediante a exposição dos métodos estruturalistas de pesquisa. Em termos epistemológicos, o estruturalismo medeia entre a filosofia e a ciência: toma as questões práticas filosoficamente e as questões teóricas cientificamente. Inspira-se nas ciências exatas, sem pretender ser como elas. Tem um sentido metodológico específico: procura estruturas invariantes, ou seja, algo que permanece sob a obscura capa do real e a confusa ordem do imaginário.
A perspectiva estruturalista propõe o abandono do exame particular dos objetos a que se consagra. Estuda as estruturas subjacentes ao organizar e ao administrar. Desconsidera as organizações e as formas de administrar enquanto manifestações de outras coisas - segmento social, agente econômico, ator político, etc. - que não elas mesmas. Seu propósito é a constituição de modelos arquetípicos das organizações e das formas de organizar.
A análise estruturalista tem sido praticada em estudos sobre desempenho e racionalidade; sobre cultura organizacional e sobre produtividade e trabalho. Mas não existem limitações à aplicação do método estruturalista. Ele pode estar dirigido à elucidação da estrutura de grupos elementares, como as propriedades estruturais da liderança, sobre estruturas como as redes de comunicação, sobre relacionamentos entre pessoas e tecnologias e sobre quaisquer composições relacionais intra ou interorganizacionais.